Segundo dados de 2020 do estudo Demografia Médica no Brasil (Conselho Federal de Medicina), existem mais de 500 mil CRMs ativos no Brasil.
O país possui 347 escolas médicas em atividade, as quais oferecem mais de 30 mil vagas para primeiro semestre e, desde 2018, mais de 20.000 novos médicos entram no mercado de trabalho todos os anos.
Tal cenário leva a uma consequência inevitável: o trabalho do médico está cada vez mais sofrendo com a inevitável lei básica do mercado, se desvalorizando progressivamente e se transformando numa commoditie.
Como a maioria dos médicos brasileiros tem apenas na medicina a fonte de sustento, a solução quase sempre acaba sendo aumentar a carga de plantões. Essa é uma saída falsa, visto que longas jornadas de trabalho cobram um alto preço:
A sua qualidade de vida.
Ouvimos cada vez mais casos de burnout entre colegas de profissão.
Existe uma expressão em inglês que eu gosto muito, que é fight back. Ela é usada quando se quer dizer que lutaremos para mudar algo que nos incomoda, que nos causa dor. É comum ouvirmos de pacientes que estão muito motivados: I will fight back this disease, querendo dizer que irão lutar por sua cura. Entenda, a medicina brasileira está doente, e é uma questão de tempo para que essa doença chegue em você.
Mas, como você consegue fight back?
Recentemente, em minhas redes sociais, eu fiz um manifesto. Meu objetivo é inspirar médicos a pensar fora da caixa, a buscarem um caminho diferente do que a maioria trilha, um caminho que não resulte no ciclo plantão-casa-plantão.
A minha prática clínica, experiência internacional e visão de mundo, aliadas a tudo que leio, escuto e pesquiso, me levaram a concluir que existem 5 maneiras dos médicos se diferenciarem no mercado e cenário atuais e futuros.